O Triunfo da Vontade
(Triumph des Willens, 1935)
Documentário alemão dirigido por Leni
Riefenstahl (uma moça, diga-se de passagem), cultuado pelos nazistas como a
grande propaganda de sua nação, de seu líder e de seus ideais. Filmado em
Nuremberg, o filme conta com 114 minutos de passeatas, discursos e imagens de
soldados e cidadãos felizes, bem nutridos e em plena adoração de seus
governantes.
É um filme interessante, embora
cansativo. As imagens são tecnicamente bem feitas, mas algumas tomadas são visivelmente
artificiais. Não é pra menos: a diretora teve carta branca até para fazer
alterações estruturais na própria cidade a fim de concretizar suas ideias.
Um Barco e Nove Destinos
(Lifeboat, 1944)
Durante a Segunda Guerra, um
confronto entre um navio americano e um alemão resulta em naufrágio.
Sobreviventes do navio americano conseguem um bote e estão à deriva no
Atlântico, com seus medos, traumas pessoais e idiossincrasias. Um último
sobrevivente é, então, resgatado. O problema é que se trata de um soldado
alemão...
Um grande filme do mestre
Hitchcock, Um Barco e Nove Destinos é tenso, provocante e dramático. Com
questionamentos bem atuais, o filme nos convida a um debate ético.
Obrigatório!
Cartas de Iwo Jima e A Conquista da Honra
(Letters
from Iwo Jima, 2006) (Flags From Our Fathers, 2006)
Até conhecer esse filme, nunca
tinha me deparado com uma história tão bonita e comovente trazendo o outro lado
da WWII. Tantos e tantos filmes narrando a bravura, os feitos e as perdas dos
americanos, um ou outro dos franceses e russos... Mas nunca tinha visto um
filme que mostrasse o lado humano dos japoneses. O ponto de vista não só dos
generais, mas de um povo imerso numa cultura, numa política de idolatria. O
ponto de vista de soldados que sentiram medo, fome, frio, saudade e dúvidas.
Hoje, depois de muito “cavucar”
por aí (porque tem que “cavucar” mesmo pra achar alguma coisa fora do padrão
hollywoodiano), tenho outras referências. Mas esse foi o primeiro que me
cativou e merece ser indicado com várias estrelinhas.
A Conquista
da Honra também traz a batalha de Iwo Jima, mas, dessa vez, conta a história
dos seis soldados americanos que ergueram a bandeira dos Estados Unidos,
consolidando a tomada do território japonês.
Mephisto
(1981)
Fausto conta que Mephisto foi o
homem que vendeu sua alma ao diabo (ou algo do gênero) para conseguir riquezas
e conquistas pessoais. Portanto, ninguém poderia interpretá-lo nos palcos com
mais maestria que Hendrik Hoefgan, ator alemão que cativa os militares nazistas
com sua performance e sua oratória. Sustentar este apreço, no entanto, vai
custar caro. Mas Hendrik, preenchido por seu narcisismo, não tem medo da
conta...
Klaus Maria Brandauer dá um show
de interpretação! Excelente!
Outros títulos que não podem ficar de fora:
O Menino do Pijama Listrado (The boy in the striped pyjamas, 2008)
Desejo e Reparação (Atonement, 2007)
O Resgate do Soldado Ryan (Saving private Ryan, 1998)
E por enquanto fico por aqui. Aguardem a terceira parte! Devagar e sempre!
Um comentário:
Gostei de seu blog. Somos companheiras de profissão e compartilho vários de seus interesses também. Espero poder fazer trocas significativas por meio dos blogs.
Prazer
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